sábado, 3 de dezembro de 2011

Sobre o documentário Carne e Osso

No documentário Carne e Osso, dirigido por Caio Cavechinni e Carlos Juliano Barros e roteirizado pelo próprio Cavechinni, somos apresentados a um universo paradoxal, onde percebemos não saber nada sobre algo que parecia ser tão desmistificado e simplório. Ambientado num frigorífico gelado e distante, acompanhamos o cotidiano dos trabalhadores que literalmente trabalham para encher nossas mesas de comida. Percebemos a forma desumana com que são tratados e quais as seqüelas que as condições ínfimas de trabalho são capazes de criar num ser humano.
            Conduzido de forma hábil por Cavechinni e Barros, o documentário passeia de forma visceral pelas dores de trabalhadores mutilados física e psicologicamente pelo trabalho praticamente mecânico que desenvolvem. O perigo constante, a exposição a facas e outros objetos perigosos compõem uma parte do terror psicológico, enquanto a política empresarial absurda, que mal parece ter sido mudada desde as revoluções industriais cuida para que a vida do trabalhador seja arruinada de vez.
            Tendo em mente esse contexto, é possível conceber tal pergunta: O trabalho escravo ainda existe? Pois bem, de fato, o mundo mudou e com ele, mudaram os paradigmas regentes da moral humana. No entanto, devemos ter em mente que mudaram também, todas as formas de realizar algo. Analisando por esse ponto de vista, vemos que o ponto que separa a escravidão do trabalho regular não é mais a interferência monetária na vida do trabalhador, mas sim as condições de vida que este deve ter como ser humano.

            Se levarmos em conta que uma pessoa deve ter uma jornada de trabalho de 8 horas e seguir um sistema capitalista, onde a meritocracia rege a condição social do indivíduo, é absurdo constatarmos como realidade o que é visto no documentário. É, por assim dizer, uma falta de respeito com a pessoa humana enquanto indivíduo e por que não considerar como crime. 
          O assunto vem gerando polêmica, e foi tema de várias discussões e palestras realizadas em Universidade de todo o país.


Palestra realizada na Universidade Católica de Pernambuco sobre a questão do trabalho escravo.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Exercícios propostos pelos nossos adoráveis colegas de turma.


Aluno: Fernando Athayde

Copiar e colocar no blog um exemplo de falta de ética e comentar. Mínimo 100 palavras.


O Brasil parece ter despontado para os grandes festivais de música. Infelizmente, da pior forma possível. O problema é que neste país existe uma cultura de celebridades desenfreada que passa dos limites do que é “midiaticamente correto”. Tudo que vem de fora aparenta ser melhor do que o que já temos. Talvez seja a péssima auto-estima nacional, fruto da corja de assassinos que estão na política nacional, talvez seja só uma questão de burrice histórica mesmo. Essa coisa do tal “jeitinho brasileiro”, que não passa de sem-vergonhice e promiscuidade. Bem, o fato é que por mais que se somem aspectos negativos, esta nossa bendita nação ainda é capaz de procriar artistas de porte homérico, mas isso parece não ser visto. Na organização do tal evento linkado acima, todas as bandas brasileiras pareceram ter sofrido ação de forças einsteinianas do tempo-espaço, visto que elas mal puderam se apresentar, e quando puderam, foi embaixo de socos. O que se torna revoltante é que foi aqui nesse país que se produziram obras de arte, como por exemplo, os discos gravados pelo Clube da Esquina lá na década de 70. Por isso, vamos encarar facínoras como Roberto Media e Marcos Mainardi, que estão por trás da organização desses festivais em solo nacional onde os próprios brasileiros são impedidos de tocar. Isso não é ético e isso não é humano. Vamos valorizar o que é feito aqui, pois é sangue do nosso sangue.

Fazer uma matéria utilizando uma foto tirada com seu celular. No mínimo 100 palavras.



Construído a mais de meio século, o bloco A da Universidade Católica de Pernambuco abriga uma infinidade de núcleos acadêmicos, desde os descolados cursos de comunicação social até os cursos mais colados de todos, como ciências da computação e jogos digitais. O interessante é a arquitetura do prédio, que aparentemente foi projetada para atender as necessidades de um país de pigmeus. O melhor exemplo disso é a disposição absurda de colunas quase que no centro dos corredores. A obstrução da passagem, o desconforto e a deselegância estética são apenas alguns dos fatores que as malditas pilastras trouxeram ao prédio. Em suma, se você tiver mais de 1,80 de altura vai ser complicado circular por tais vias. Isso, portanto, é algo aparentemente sem importância, mas se julgarmos que a média de altura do brasileiro subiu 5 cm em dez anos, segundo pesquisa realizada pela revista Veja em agosto de 2011, em mais algumas décadas a Universidade poderá causar danos até mesmo musculares a alguns estudantes. O que resta saber é quando alguma medida vai ser tomada, afinal, de tal instituição pode se esperar tudo.

Fazer um desabafo de fim de período. No mínimo 150 palavras.

Foi durante o quarto período do curso de jornalismo da Unicap que eu aprendi o que é dor. Não sei se é para tanto, mas academicamente falando, a desenfreada cobrança de exercícios voltados para questões sociais ajudaram a me deprimir. Acho-me incapaz de afirmar se isso de fato contribuiu tanto para o exercício pleno de minha depressão, mas sem dúvida nenhuma, o contato diário com a miséria, com os direitos humanos eprincipalmente com determinadas pessoas me levou a ruína, pelo menos em relação ao que pensava da humanidade. Deixei de freqüentar as aulas assiduamente e passei a me envolver com música de forma como nunca havia me envolvido. Não fiz um pré-projeto de pesquisa, nem uma reportagem 360º, muito menos editei um telejornal, mas convivi com o desamor e com a reflexão diariamente. Daí, surgiram as mais bonitas canções que eu escrevi na vida.  Na metade do período, meu coração já pulsava desespero enquanto a dor líquida corria por minhas artérias irrigando meu interior podre e escasso de motivação. Encontrei-me caminhando sobre a linha tênue que separa o paradoxo do absurdo. O ato de ir a universidade me deixava mal. Sair de casa sabendo quem e o que eu encontraria lá me faziam ao mesmo tempo bem e mal. Ao passo que meu propósito era me dedicar ao estudo da sociedade, buscando uma forma de preservar a individualidade de cada um e os direitos do ser, eu sentia uma dor tão ou mais intensa que aquelas que eram exibidas em seminários, palestras e aulas. A diferença é que ninguém enxergava a minha.

Fazer um artigo referente ao jornalismo nas redes sociais. Escrever com suas palavras mesmo. No mínino 100 palavras.

A proliferação das redes sociais já virou um clichê. Qualquer ser material hoje tem um perfil virtual, e quando eu me refiro a qualquer ser material, isso inclui cães, gatos, objetos e até defuntos. Infelizmente são pouquíssimas as pessoas que conseguem usufruir das redes da melhor forma possível, na verdade, boa parte delas age exatamente como agiria um cachorro na frente de um computador. Pra se ter uma idéia de como a coisa tá obscura, mais de 90% dos brasileiros internautas estão conectados a uma rede, mas a violência, a corrupção política e a promiscuidade continuam presentes em nossas vidas como nunca. Qual a relação entre uma coisa e a outra? Simples. Nós, seres humanos com cérebro super desenvolvidos e ditos racionais conseguimos criar uma plataforma de comunicação que une todas as pessoas do mundo em questão de segundos, mas somos incapazes de usar isso para algo produtivo. A função social que uma ferramenta desse porte pode desenvolver é magnânima, é um poder ilimitado nas mãos das pessoas comuns, mas é esquecida diante de uma iniciativa publicitária massiva. Fora do Brasil, movimentações populares foram organizadas via facebook, aqui mal se organiza uma bebedeira. O povo brasileiro, a sociedade e o homem têm muito a ganhar caso as redes sociais fossem tratadas como merecem.  

Fazer um relato estilo jornalismo participativo (pode ser qualquer coisa) sendo você o jornalista mediador que recebeu uma informação de alguém. Tamanho livre.

No próximo dia 17 de dezembro, às 21h será realizado no Espaço Cultural Curupira, o Último Festival Psicodélico de 2011 no Recife. Contando com a participação das bandas Fitrah, Mabombe, Foxy Trio e Quarto Astral. O evento terá sua primeira metade dedicada as bandas instrumentais. Os ingressos serão vendidos na hora e custarão R$ 10, 00 sem meia entrada.  FONTE: Manoel Vieira 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Evento na Unicap sobre o trabalho escravo nos dias de hoje

Matéria postada por Adalberto.

Trabalho escravo conteporâneo. Esse foi o tema da atração do dia 27 de outubro no curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco. Na sala 510 do bloco A, local do evento, foi exibido um filme documentário intitulado Carne Osso que percorria sobre as questões degradantes envolvendo restrições e liberdade de trabalhadores em frigoríficos brasileiros no abate de aves, bovinos e suinos.
O filme aliava imagens chocantes e depoimentos de vitimas e envolvidos no trabalho. Diariamente, elas se deparavam com uma série de riscos e exposição constantes como faca, serras e outros instrumentos cortantes. Além de quase nenhum direito como trabalhador. Eram sempre situações delicadas.
A exibição do documentário levantou uma série de questões, como já esperado. O procurador do Ministério Publico do Trabalho, Leonardo Mendonça, foi convidado para conversar com os presentes alunos para debater a repeito da escravidão moderna no Brasil além de mostrar papel do Ministério Público do Trabalho para com a sociedade.
"É importante que toda a sociedade saiba como é o trabalho do Ministério de uma forma geral e mostrar como nosso trabalho  pode ser oferecido como melhoria e ajuda nos casos de trabalho. A divulgação de nosso trabalho é importante para que o povo esteja ciente que existe um orgão para ajudar nesses casos", disse o procurador.


Para ficar por dentro de tudo sobre o trabalho escravo conteporâneo no Brasil, clique AQUI.

Você que é trabalhador e deseja fazer alguma denúncia por não ter seus direitos trabalhistas ou se sentir ofendido por algum outro motivo no ambiente de serviço, não fique calado. DENÚNCIE.


- Assista o trailer do documentário Carne Osso.

sábado, 26 de novembro de 2011

Desabafo de Fim de período

Exercício proposto pelo grupo de Blogs - Adalberto

Mais um período na nossa milenar universidade vai acabando e quem vai pegando o bonde do "até mais" também, são os nossos problemas. Pelo menos a maioria.
Tranquilidade para os alunos certinhos que fizeram todos os trabalhos, mais aperreio para o demais. Isso por que certamente estes estarão na final daqui uns dias...
Nunca que um período foi vivido tão intensamente na história da nossa turma. No quarto período aconteceu de tudo; além do mesmo papo careta de Direitos Humanos, conhecimentos tecnicos e outras complicações, rolou o Intercom. Quem se inscreveu para participar dos eventos não pode ir por causa dos inumeros exercicios que alguns professores psicopatas mandaram fazer na ocasião. Mas isso é só mais um caso negativo pertencente ao período que se acaba. Não é o intuito deste post enumerar isso.
O momento é de desabafo. Foram quatro meses de árduos exercicios e aturação de professores chatos (não todos são chatos, claro). Enfim acabou ; é hora de descançar e esfriar a cabeça, afinal a maioria dos problemas acabaram. Pelo menos até o carnaval.

Jornalismo e Rede Social

Exercicio proposto pelo grupo de Redes Sociais - Adalberto

Com toda essa revolução digital que vivemos atualmente, vários fatores abrem discussões no âmbito da comunicação na web. Uma das principais são as questões das redes sociais. Mas, primeiramente é preciso entender que redes sociais e sites são coisas diferentes.
É bem verdade que as redes sociais vem sido incorporada como forma de estratégia para a facilitação da comunicação. As empresas vem ganhando com isso no ato da contratação de estagiários para apenas atualizar as páginas do Facebook, Orkut e/ou Twiter, esses se sentem muito feliz pelo trabalho; fazem daquilo um motivo de dizer que está cansado e que não tempo pra fazer os trabalhos academicos, além de sentirem superior, como no caso dos alunos do quarto período de Jornalismo da Católica. Mas enfim.
Todas as formas que o Jornalismo achar que pode se enquadrar para se manter mais forte é louvável. Contanto que quem esteja reponsável de atuar na área, seja um profissional corretamente habilitado; tanto para escrever tanto para apurar.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Matéria anti-ética

Exercício proposto pelo grupo de ética no jornalismo - Adalberto


O blog do Pai Aqui é uma página pertencente ao grupo do Diário de Associados. 
Há algumas semanas eles publicaram um video difamando um músico. Apelaram para o ridículo procurando expor da pior maneira possível. 
O fato aconteceu nas arquibancadas do estádio do Arruda. Três dias antes do Santa Cruz embarcar para Minas Gerais onde jogaria valendo a taça da quarta divisão do campeonato brasileiro, um pequeno grupo da torcida Portão-10 se juntou durante o treino para apoiar o time. Eles levaram alguns instrumentos musicas, entre eles um trompete.
O episódio chamou a atenção dos jornalistas ali e presentes e dos demais torcedores. Um reporter do Diário que não vale nem a pena citar o nome aqui, se aproximou, fez umas entrevistas e filmou o ensejo se mostrando interessado. O mesmo ainda disse que a matéria sairia no dia seguinte na página da web do jornal.
De fato saiu no outro dia, porém, na página do Pai Aqui e de forma onde feria qualquer valor dos entrevistados. Como dito em cima, foi veiculado de forma ridícula e difamadora.
Uma pequena parte da torcida do Santa Cruz viu a noticia daí então criou-se uma repercussão negativa. Todo mundo entendeu que aquele vídeo foi editado com intuito de avacalhar.
Abaixo o linki da página da matéria. Nos comentários é possível perceber a má repercussão da notícia e o repórter, de forma subliminar, assumindo que errou. 
http://blogs.diariodepernambuco.com.br/paiaqui/?p=8662

Não procuraram fazer um trabalho ético e dentro das regras. Escolheram o sensacionalismo que a empresa procura. É por essas e outras que o jornalismo o Brasil é conhecido do jeito que é...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Semana Universitária na UPE

Exercício proposto pelo grupo de Dispositivos móveis - Adalberto

A Semana Universitária da UPE chegou em sua décima primeira edição este ano. Como de costume, trouxe a consolidação de evento mais importante do ano na instituição. As atrações são sempre proporam discussões de questões científicas abrindo espaços para o debate acadêmico com cursos, oficinas, amostras e o intercambio de valores, saberes e culturais.
Aconteceu no período de 17 à 20 de outubro, com exceção da área de saúde, onde os atrativos rolaram até o dia 21 devido ao grande número de cursos, oficinas e palestras coordenados pelos docentes, mestrandos e equipe do PPAV.
Foi realizado de tudo. Desde o tranqüilo curso de prática espiritual Reiki, até os quentes e dinâmicos exercícios de Assistência Pré-Hospitalar liderados pelo Corpo de Bombeiros. Este foi o que se mais teve inscritos e aconteceu durante toda a semana nos dois horários.
A cultura também teve espaço. Os alunos batuqueiros do grupo de maracatu MaracaFensg, se apresentaram constantemente com apresentações na Reitoria, campus do Recife e nas unidades do interior Pernambucano. Nas ocasiões foi possível gerar um ambiente mais próspero. Ainda houve oportunidade de aprendizagem com aulas teóricas e práticas de maracatu para quem quisesse.
Quase 200 pessoas estão imunes ao tétano. Era a segunda parte da campanha de vacinação contra a doença. A primeira havia sido em junho.
Os mestrandos tiveram oportunidades de experiência nos cursos que lideraram. Eles passaram para os alunos noções básicas do Elaboração de projeto de Pesquisa, a para desenvolver um bom projeto de pesquisa nas áreas afins. Os mini-cursos Enfermagem e Saúde do trabalhador e ainda Biblioteca Virtual  em Saúde também foram realizados por mestrandos.
Os alunos tiveram a oportunidade de expor seus trabalhos acadêmicos. A atividade valorizava o interesse pelo trabalho cientifico garantindo o espaço emancipatório de aprendizagem.
"Graças ao trabalho de todos os diretores e professores, conseguimos fazer desta semana universitária, a maior da história. E ano que vem vamos trabalhar pra fazer crescer mais e mais", disse a coordenadora de extenção e uma das realizadoras do evento, profa Estela Meirelles.