quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Intrigas de Estado



Há cerca de um ano, o Brasil acompanhava chocado o confuso caso do assassinato de Elisa Samúdio, ex namorada do então goleiro do Flamengo e também mandante do crime, Bruno. Pois hoje, ao sair do cinema, a sensação de que o desajuste emocional é uma característica de pessoas encarregadas de representar um grupo maior voltou a aparecer.
A trama de Intrigas de Estado gira em torno do jornalista Cal McAffrey (Russel Crowe) e de sua parceira Della Fry (Rachel McAdams), que investigam a morte da amante de um velho amigo de McAffrey, o deputado Stephen Collins (Ben Affleck).
Escrito à quatro mãos por Mathew Michael Carnahan e Tony Gilroy, o roteiro é hábil em trazer para a ficção o ritmo intenso comum à produção de um documentário. Realçando aspectos técnicos que acabam passando despercebidos para o grande público, como a relação dos repórteres com as fontes ou a relação profissional dentro da redação do jornal, o desenvolvimento da trama ganha um tom verossímil especialmente pelo cuidado com os diálogos.
Outro ponto forte da dupla de roteiristas está na inclusão de novas formas de fazer jornalismo aos recursos usados pelo protagonista vivido por Crowe. Em dado momento, quando sua chefe, por medo de levar um furo, o proíbe de ir além na investigação, ele utiliza-se de mídias alternativas para continuar no caso, quebrando a barreira que separava o jornalismo investigativo da investigação policial.
E se o roteiro acerta de forma impecável, o diretor Kevin McDonald não deixa a desejar. Conhecido por seu trabalho como documentarista (Pelo qual, ganhou o Oscar de Melhor documentário, em 199, com Um dia de Setembro), foi a opção certa para retratar com clareza e ritmo a produção. Optando por uma direção prosaica, ele conduz a trama com extrema cautela, aproveitando cada cena ao máximo, sem excessos.
Vivido de forma amargurada por Crowe, Cal se mostra um homem obstinado e justo, que não mede esforços para fazer o que lhe parece certo, assim como o incônico Maximus de Gladiador, tomadas as devidas proporções. Helen Mirren, uma atriz de calibre, acaba sendo desperdiçada pela que talvez seja a única falha do roteiro: Em nenhum momento, a personagem demonstra alguma característica humana e acaba afogada em uma editora que pouco se parece com a realidade. Outro que não teve espaço Por outro lado, Rachel McAdams vive de forma intensa a jovem repórter Della Fry, que ainda convive com dilemas tradicionais de quem ainda está começando uma carreira, como a insegurança.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Em  épocas não muito distantes, quando bullying ainda se chamava "tiração de onda" e ninguém era encaminhado a julgamento por caçoar de um ou outro nerd, a ingenuidade e a insegurança eram só questão de tempo. Os anos passavam e mostravam quem era melhor: Aquele pessoal estranho, que geralmente tinha uma banda de rock alternativo, lia os romances de Palahniuk e apanhava dos playboys filhinhos de papai. Não existia motivo certo para isso, mas talvez a auto reflexão obtida pelos anos de castidade imposta e pela repressão sofrida por serem diferentes ajudavam muito.  Fato é que os  nerds de outrora são os ídolos do presente - Infelizmente, um presente decadente.

Aí beleza, o mundo evoluiu e a tal da internet se popularizou. Graças ao fator determinante do mundo digital, o "Imediatismo", acontecia uma revolução virtual por semana, o que por sua vez, levou o nosso modelo de vida da água para a coca-cola. Primeiro, a materialização dos nossos sonhos foi substituída por um... Sampler. O disco virou mp3, o filme virou mpeg e o livro virou blog. De repente qualquer pessoa tinha acesso a bens culturais vindos do mundo todo e em menos de um segundo.

Aparentemente, essa aceleração do consumo e da produção de cultura era uma coisa boa, mas... É aquela velha história milenar do lobo em pele de cordeiro. A internet teve como efeito colateral um culto exacerbado à efemeridade, o que obstruiu cada vez mais a auto reflexão tão importante para as gerações passadas. Com o acesso a tanto, criou-se um excesso de tudo. Em pouco tempo aquele pessoal lá do primeiro parágrafo, que tinha uma banda e tal, estava totalmente dominado pelo imediatismo e não tinha mais a capacidade de filtrar a informação. De uma hora para outro Chuck Palahniuk estava equiparado com Stephanie Mayer e Lady Gaga ganhando do Velvet Underground.

Imunizando a meninada.


O Ministério da saúde lançou no último sábado a segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Nela, foram vacinadas 7,2 milhões de crianças, metade do número das vacinadas na primeira etapa realizada dia 12 de julho. A meta inicial era imunizar 14,6 milhões de garotos e garotas de até 5 anos, esse número já foi superado e o resultado final será divulgado no final de agosto.
A poliomielite é uma doença causada por vírus e altamente contagiosa responsável pela famosa paralisia infantil, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início inesperado. Ataca em geral os membros inferiores, sem forma, com sensibilidade conservada e ausente de relexos no segmento atingido. Para prevenir esse risco em seu filho(a), procure um posto de saúde mais próximo de casa.